31.8.09
Smile smile smile. :D
No dia em que eu escrevi o último post, fui dormir toda triste. Fiquei deitada um tempão, escutando o som da chuva caindo e esperando ouvir algo como um latido de cachorro. Nada. Tudo tão quieto que eu acabei dormindo depois de algumas horas. No dia seguinte, eu e minha família imprimimos cartazes que diziam "Cachorro perdido!", com as informações sobre a Catucha. Saímos cidade afora, colando cartazes em postes, implorando para lugares como supermercados e restaurantes deixarem a gente colocar um cartaz na porta deles e tal. Mais ou menos na hora do almoço, o celular da minha mãe tocou. Era um homem chamado Ron, e ele disse que havia a achado! Voltamos pro hotel e ficamos esperando por ele. Depois de uns vinte minutos, ele chegou com ela no colo. Tadinha, tava tremendo, enrolada em um cobertor e com o pelo todo sujo de folhas e lama. Ron disse que a Catucha tinha aparecido na frente do hotel onde ele trabalha como segurança - e aquele hotel ficava a mais de um quilômetro de distância de onde eu estava hospedada. Meu pai ofereceu dar uma recompensa pra ele, mas ele não queria aceitar de jeito nenhum. (Eu realmente fico chocada em como os canadenses são atenciosos e simpáticos. É sério, eles são muito legais. Muito mais que os americanos, de qualquer forma.)
Desculpa não postar antes e deixar vocês preocupados. Desculpa mesmo. E obrigada a Gabs, a Julia, a Sara, a Iris e a Mana Chel por se importarem. *---*
Vocês todas são tão legais. Muito obrigada por tudo. (:
14.8.09
Catucha.
11.8.09
Hello, home.
Hoje cheguei no Canadá, depois de mais de vinte horas de voo. Agora to sentada na minha cama, com o laptop no colo e ouvindo música enquanto leio mangá na internet. Estou feliz de estar finalmente em casa, acho. (: Vou pra Kelowna amanhã de manhã. É uma cidadezinha cheia de lagos aqui perto, parece muito bonita (pelo que as fotos do Google mostraram, né).
Meus livros - os que eu comprei na Amazon - chegaram hoje. Não lembro se falei sobre eles aqui, mas encomendei há uma semana atrás, quando ainda estava no Brasil. Silver Phoenix, The Forest of Hands and Teeth, Shiver e Lament. Parecem bons. Comecei a ler The Forest of Hands ans Teeth hoje mesmo. É sobre uma menina chamada Mary, que vive em um vila cercada por arames. Ninguém pode sair da vila, porque fora da tal cerca vivem pessoas infectadas (meio que uns zumbis). To gostando, *-*
Gabs, você me disse no comentário que baixou a trilogia de A Great and Terrible Beauty e Graceling. Ownn, fiquei tão feliz que você tenha confiado no meu bom (?) gosto. Espero que você goste. E, só pra avisar, o início de Graceling é chato mesmo. Depois melhora muito-muito. (:
Enfim, é isso. Não vou fazer post grande hoje não, to cansada. :\
E eu não sei se notaram, mas eu mudei o layout do blog. Ainda não tá óóóótimo, mas a minha Mana Chel (TEAMO!) vai fazer um lay bonitão pra mim. \o/
Beijo, gente. E boas férias prolongadas pra vocês, seus sortudos.
Esses são a Karen e o Thiago, alguns dos meus melhores amigos brasileiros. Esse - cof cof - lindo penteado foi resultado de uma tarde/noite de adedanha, pizza e conversas estranhas. Eu só queria botar a foto aqui porque representa o meu ideal de um dia perfeito: ao lado de amigos e me divertindo. Eu amo você, Tats, e você, Thi. (L)
E essa sou eu e o Thiago. Ignorem minha cara de monga, por favor. :DD
6.8.09
About a book.
But at what cost? To get the thread, Charlotte must strike a bargain with its maker, the mysterious Jack Spinner. But the gleam of gold conjures a shadowy past - secrets and bonds ensnaring generations of Millers. And Charlotte's mill, her family, her friends, her love... What do those matter to a powerful stranger who can spin straw into gold?
É isso que está escrito na orelha do livro A Curse Dark as Gold. Terminei de ler ontem a noite, e me apaixonei completamente pelos personagens. A determinada Charlotte Miller, sua fofa irmã Rosie, o tio caloteiro Ellison Wheeler, o leal George Harte e o lindo Randall Woodstone ganharam meu coração. Mesmo. E eu sei que esse livro continuará para sempre na lista dos meus preferidos, ocupando um dos lugares mais altos. Porque ele é bom, e a autora Elizabeth C. Bunce sabe escrever como ninguém. Ela mantém o leitor grudado nas páginas de seu livro, imerso na trajetória de Charlotte enquanto ela tenta salvar tudo que ama.
A estória é baseada no conto "Rumpelstiltskin" dos Irmãos Grimm, e se passa no início do século XVIII, quando a Revolução Industrial começou. Charlotte Miller herdou o mill (realmente não sei traduzir esse, desculpem, e o Google não quer me ajudar. No livro, o mill é descrito como um lugar onde algodão e outros fios são transformados em tecidos) da família depois que seu pai morreu. Com apenas dezessete anos, ela tem que cuidar de um negócio, de sua irmã menor Rosie, e de si mesma. Não vou contar muito, senão perde a graça, mas Rumpelstiltskin é retratado como um homem chamado Jack Spinner, que salva Charlotte várias vezes ao longo da estória. Na primeira, ele pede em troca um anel. Na segunda, um broche dado a ela por seu marido Randall. E então, na terceira vez, ele pede algo muito precioso: William, o filho de Charlotte. Assim como na fábula. (:
Eu gostaria que a autora tivesse colocado uma ilustração de um mill no livro, porque assim eu entenderia melhor. Eram tantos termos técnicos que às vezes eu me perdia. E, confesso, algumas partes do livro foram um pouco entediantes, e a relutância de Charlotte em contar ao marido o que se passava e sua falta de afeição em relação a ele me deixavam irritada... Mas o final compensou tudo. Foi bom, gente. Realmente bom.
{Esse livros são, respectivamente: Princess of the Midnight Ball (Jessica Day George), A Curse Dark as Gold (Elizabeth C. Bunce), Graceling (Kristin Cashore) e A Great and Terrible Beauty (Libba Bray).}
Eu já falei de Graceling e AGTB em um post anterior, e falei de A Curse Dark as Gold nesse. Comecei a ler Princess of the Midnight Ball (baseado no conto "As Doze Princesas Bailarinas") hoje, então nem posso falar muito dele, mas li um da mesma autora chamado Sun and Moon, Ice and Snow (baseado em um conto nórdico, "East o' the Sun, West o' the Moon"), e gostei demais. (AAAH, e eu mandei um e-mail pra autora, a Jessica, e ela RESPONDEU! Me senti tãao importante *-----*)
Eu falo mais de livros depois. Acho que já to enchendo, hmm. Eu sei, eu sei, só falo sobre isso. Desculpa.
2.8.09
Sobre Twilight.
Admito que comprei os quatro livros - em inglês - de uma vez só, no ano passado. Li Twilight em dois dias, e gostei. Não muito, não aquilo de dizer "Oh, meu Deus, é meu livro preferido de todos os tempos!". Mas, bem, é um livro decente, afinal de contas. (Bella sempre me irritou, mas achei que passaria a gostar um pouco mais dela nos próximos livros). Então, comecei a ler New Moon. Foram alguns dias da minha vida que eu desperdicei, os dedicando a algo inútil e sem sentido. Parei no meio do livro, antes mesmo do Edward voltar. Ridículo, ridículo - não há outra palavra pra definir os meus sentimentos, sinto dizer.
Atualmente, Eclipse e Breaking Dawn estão jogados em um canto da minha estante, acumulando poeira e ocupando o espaço que poderia ter sido cedido a algum livro bem melhor que eles.
Para começar, Bella é uma personagem fraca e submissa. Não gosto de suas narrações, nem de nada nela. Isabella Swan é... Bem, ela simplesmente é Isabella Swan, e isso basta. Já Edward Cullen é perfeito. Mas não um bom tipo de perfeito, mas aquele que faz você trincar os dentes para controlar a vontade de tacar o livro contra a parede. Sério, aonde é que vampiros brilham no sol? Hmm? E aquela história de vampiro vegetariano foi simplesmente a coisa mais retardada que eu li em 2OO8.
Basicamente, a estória da série pode ser resumida no seguinte: uma menina que se apaixona por um garoto lindo e frio, que descobre que ele e sua família são vampiros e agora os dois não podem ficar juntos por causa disso. O menino a larga, com a desculpa de que poderia machucá-la e colocá-la em perigo e blá blá blá, mas, sendo a garota forte e determinada que é, ela não desiste da relação e fica com ele apesar de tudo. No final, depois de vários conflitos, o "lindo amor" dos protagonistas vence e eles vivem felizes para sempre.
Um romance clichê e irritante, com personagens rasos e sem profundidade, que só vendeu tantos livros assim porque muitas meninas sonham com um príncipe encantado e resolveram colocar Edward Cullen em um pedestal e idolatrá-lo como se ele fosse o próprio Merlin. Fora que, com o sucesso de Twilight, muita gente resolveu escrever sobre vampiros, e isso me deixa louca. Eu vou na livraria e vejo vampiro isso, vampiro aquilo, vampiro pra todo lado. Quero só ver quando essa febre acabar, hmm.
Ah, sim. O filme merece ser comentado aqui também. Kristen Stewart e a mulher mais feia-irritante-que-não-sabe-atuar na face da Terra. Eu mal consigo olhar pra cara dela sem morrer de ódio, e eu nem o por que. Coitada, ela não fez nada pra mim, né. Mas, enfim, Robert Pattinson deveria ter continuado a ser reconhecido como o Cedrico Diggory, porque como Edward ele deixa a desejar. E, pelamordedeus, minha gente, aonde aquele homem é bonito? AONDE?
Resumindo: livro ruim, filme péssimo. E é isso.
Não me matem, sei que muita gente gosta do que a Stephenie Meyer escreve e tal, e respeito isso. Agora, respeitem a minha opinião também, por favor. (:
1.8.09
On Writing.
O primeiro livro que comecei a escrever era sobre uma menina chamada Elwyn. Ela era órfã e morava em um orfanato comandado por uma mulher, Madame Greenley. Elwyn descobriria que seu pai verdadeiro é, na verdade, um rei de um mundo mágico. Muitas coisas aconteceriam, ela se apaixonaria por um príncipe insistente e fofo e mataria o vilão malvado. Escrevi mais ou menos vinte páginas, e parei. Porque perdeu a graça, porque a idéia não era tão boa assim, mas, principalmente, porque meu laptop deu pau e apagou todos os arquivos que eu tinha, inclusive essas meras vinte páginas.
O segundo livro nem merece ser citado aqui, já que não tinha nem uma página e se tornou um dos maiores fracassos da minha, hm, "carreira literária", então ele vai continuar enterrado no fundo da memória do meu computador.
Sempre gostei mais de escrever sobre vilões, mortes, tristeza e - admito - estupros. Por essas e outras razões, nessa estória da Elwyn, o vilão era meu personagem preferido, sendo cego e maluco por sangue e poder (Não, ele não era um vampiro, apenas incompreendido e completamente louco). Acho que consigo escrever melhor sobre assuntos como velórios, enterros e outros eventos mórbidos. Não sei explicar o por que, mas as palavras fluem facilmente quando coloco as mãos no teclado e escrevo sobre coisas tristes. Talvez eu devesse escrever um livro sobre um fantasma, há.
O processo de escrever não é fácil, mas também não é um dos mais difíceis no processo de publicação. Depois de concluir o manuscrito, eu terei que arrumar um agente. E para arrumar um desses, eu preciso escrever uma Query Letter. Essa carta é composta de três partes. A primeira: um pequeno parágrafo apresentando seu livro. A segunda: um mini-resumo da estória. Aí é que está o problema: como resumir mais de duzentas páginas em um parágrafo? E a terceira: um pouco sobre o autor (se já foi publicado, se já ganhou algum prêmio e etc.). É um trabalho duro, e com certeza eu vou receber milhares de rejeições até alguma alma boa me aceitar, mas até a JK foi rejeitada, e nem por isso ela parou de tentar. Depois de conseguir um agente, ele é quem vai tentar vender o manuscrito para as editoras. E então, finalmente, quando uma delas resolver comprá-lo, o livro vai ser publicado.
Conclusão: demora, demora, demora muito para chegar lá. E o processo exige suor, trabalho, bastante tempo em frente ao computador e reclusão social. Mas, se um dia eu conseguir segurar MEU livro nos meus braços, com o nome Julia Browne ali, bem debaixo do título, eu vou saber que tudo o que eu tiver feito vai ter valido a pena, e eu acho que vou começar a chorar e depois vou até um Starbucks comprar um Double Chocolaty Chip Frapuccino, tamanho Venti, e vou tomar ele todo sozinho.
Não sei dizer por que gosto tanto assim de escrever. Acho que nunca parei para pensar muito nisso. Talvez minhas estórias funcionem como uma válvula se escape do mundo real e todos os seus problemas. Talvez representem aquele meu desejo antigo de algum dia achar uma porta que me leve para um mundo mágico, fantástico e cheio de criaturas maravilhosas, como dragões, duendes, fadas e magos. Como sei que isso nunca vai acontecer, eu escrevo para mergulhar nas palavras e no efeito que elas têm sobre mim. Para pelo menos por alguns segundo poder fingir e mentir para mim mesma, dizendo que tudo aquilo é real e que a magia realmente existe. Bem, talvez ela exista mesmo, mas não na forma de uma varinha de condão. Provavelmente nos sentimentos, como amor, felicidade e esperança. Mas isso fica pra outra hora (e post).
Onde eu moro, existe uma faculdade chamada Creative Writing (Escrita Criativa). Ela basicamente te ensina e escrever. E é isso que eu pretendo fazer quando terminar a high school. Me considero bastante sortuda, já que se continuasse no Brasil, cursaria Jornalismo ou coisa do tipo e morreria de fome. Pelo menos no Canadá eu tenho chances reais de seguir o meu sonho e escrever full-time.
Meus pais me apoiam muito. Minha mãe sempre lê o que eu escrevo, e meu pai adora dizer pros amigos "Minha filha vai ser escritora, ela escreve tão bem!", naquele tom paterno orgulhoso. Não sei se concordo com ele no fato de escrever bem, mas posso ter certeza de que quanto mais escrevo mais melhoro. De vez em quando, abro um arquivo antigo com minha primeira fic, e começo a rir diante dos meus erros de português e dos diálogos idiotas. Então comparo aquela estória com a minha atual e fico extremamente feliz ao perceber como eu melhorei. Posso não estar ótima, mas com o tempo e a prática tudo melhora.
Decidi fazer alguns investimentos. Vou comprar um teclado e um mouse ergonômico. Meus pulsos doem por passar tanto tempo apoiados no teclado do laptop, e eu sei que isso pode trazer problemas, já que daqui pra frente eu só vou escrever mais e mais. No momento, eu tenho um Sony Vaio, mas vou comprar um Mac quando passar pra faculdade. Acho que essas são as poucas coisas que eu posso me dar ao luxo de comprar, já que serão bem úteis no futuro.
Desculpe pelo post gigantesco, mas eu sinto que consegui expressar tudo que eu queria aqui. Espero que quando eu volte e leia isso novamente, essas palavras me motivem a seguir em frente e dar o melhor de mim nessa carreira que eu decidi seguir. (:
Cada um tem um sonho, e esse é o meu. Qual é o seu? Eu adoraria saber - embora ache que ninguém vá responder.
Obrigada por me ouvir, esteja você lendo isso aqui ou não.
17.7.09
A Great and Terrible Beauty / Graceling
Fui no shopping hoje e comprei uma calça listrada. Tãao bonita. Acabei comprando uma mochila xadrez roxa e cinza. É muito fofa, quero que minhas aulas comecem logo pra eu poder usá-la. Pena que só comecem dia oito de setembro :\ Aah, eu comprei delineador e sombra preta também. Normalmente eu não uso maquiagem, mas amo demais aquele olho-emo. *---*
Hoje eu terminei de ler um livro que eu tinha começado uns dias atrás. Chorei. Eu só choro em livro e filme, é chocante. Maaas enfim, me apaixonei total pelos personagens. O livro se chama A Great and Terrible Beauty e é o primeiro de uma trilogia. Não sei se existe em português, mas, se existir, eu recomendo. A estória se passa em 1895, e é sobre uma menina chamada Gemma Doyle, que tem visões do futuro. Depois da morte da mãe, ela se muda pra uma escola interna, onde conhece outras três garotas - Ann, Felicity e Pippa. Não vou falar mais se não isso vira spoiler, mas é realmente MUITO bom. Mesmo mesmo mesmo.
Quando acabei A Great and Terrible Beauty, comecei a ler Graceling, ótimo também. Eu sei que é chato, mas eu preciso contar como é a estória do livro senão eu fico doida. Nesse mundo (o do livro), quem nasce com um olho de cada cor é considerado um Graceling, e tem um dom. Não é comum nascer assim, e quem possui olhos diferentes normalmente é repudiado pela sociedade. Katsa é a personagem principal, e ela tem um olho azul e um verde. O dom dela é o de matar. O livro é cheio de intrigas políticas e muito suspense, mas também tem muito romance - da Katsa com Po, um outro Graceling com um olho dourado e um prateado, e que lê mentes. Perfeito *---*
Vou indo agora. Preciso jogar The Sims 3. É simplesmente viciante, fazer o que.
14.7.09
Me + Myself.
Desculpa pelo começo confuso desse post. Eu simplesmente decidi escrever um pouco mais sobre mim, é isso. Muitas coisas aconteceram na minha vida em 2OO8, a maioria delas boas. Esse vai ser meio que um desabafo, então, preparem-se (e, se quiserem, pulem essa parte e leiam o final do post pra saberem como ficou meu novo corte de cabelo ;D). (Atualmente estou de férias no Brasil. Cheguei dia 2 de julho e vou embora dia 7 de agosto - já que minhas aulas só começam em setembro).
Em julho do ano passado eu me mudei. Não de cidade, não de estado, mas de país. Hoje em dia moro em Surrey, no estado de British Columbia, no Canadá, e acho que posso dizer que estou bastante feliz. Fiz duas ótimas amigas, Ariana e Sonia - que, apesar dos nomes meio-que-brasileiros, são canadenses legítimas -, estou completamente apaixonada pelo lugar, e moro bem do lado de uma livraria maravilhosa. O que mais eu podia querer? Afinal, moro em um país de primeiro mundo, estou totalmente adaptada ao modo de vida de lá e - YEAH! - no Canadá existe faculdade de Creative Writing, ou seja, Escrita Criativa, para ser escritor. Se continuasse no Brasil, eu acho que acabaria cursando Jornalismo e depois morrendo de fome. Lá eu posso seguir meu sonho e há a possibilidade de ser alguém na vida, ao contrário daqui.
Eu sei que pode parecer ótimo e tal, e, na verdade, chega bem perto disso, mas no início foi realmente difícil pra mim. Quero dizer, até setembro de 2OO8 - quando minhas aulas começaram -, tudo estava indo "às mil maravilhas". Quando eu tive que ir pra escola... Bem, eu queria morrer. De verdade. Pra começar, eu não tinha nenhum amigo. Almoçava com um grupo de meninas que eu não gostava e que "me acolheram". Não entendia metade das coisas que os professores diziam, devido ao inglês, e me sentia completamente-indiscutivelmente-depressivamente sozinha. Sério, eu queria chorar todas as noites com medo da escola no dia seguinte. Eu colocava uma música que eu adorava pra tocar todos os dias no carro a caminho do colégio pra me animar, e isso meio que funcionava. Mas durante quase um mês foi assim, essa sensação de nunca me encaixar, de nunca pertencer àquele mundo. Até que eu comecei a conversar com a Ariana. E acho que ela meio que me salvou, sabe? Passamos a almoçar juntas todos os dias e viramos melhores amigas. No final do ano passado, conheci a Sonia. E agora eu, ela e a Ariana somos praticamente inseparáveis, e eu acho que devo minha vida a elas. Eu não sei o que teria feito se tivesse continuado naquela situação. E o legal é que as duas dizem que eu também as ajudei muito. Todos os amigos das duas haviam se tornado, hm, "populares", e elas estavam sozinhas. Ariana almoçava com um grupo de meninas que são bem legais, mas que não ligavam muito pra ela, e Sonia passava o almoço inteiro na biblioteca. Acho que a gente têm uma ligação muito forte por causa disso. Eu as amo demais, elas são a razão de eu ir sorrindo pra escola todos os dias. (:
Desculpa pela negócio imenso aí de cima. É uma coisa bem pessoal e "desabafadora", então não se sintam obrigados a ler (se tiver alguém lendo isso aqui, né). Decidi que vou alternar posts em português e inglês, porque quero que minhas amigas canadenses possam ler o blog também. :DD
Aié, eu esqueci de falar do meu cabelo. O cabeleireiro se chama Samuel, e ele é bem legal. O problema é que ele se estressa fácil e tal. Mas, enfim, ao invés de pintar só as mechas cor-de-laranja, o Samuel pintou quase meu cabelo todo de castanho - e o meu cabelo já é castanho. O negócio é que agora tá bem escuro, quase preto. Eu gostei. *---* Cortei um pouco abaixo do ombro, como disse que iria, e fiz uma franja de lado. Tá comprida, batendo no meu queixo. Eu pedi pra ele cortar comprido por causa de um trauma do passado (e essa é uma história pra outra hora). Ficou bem legal, e minha acho que to até parecendo mais velha. É bom que disfarça essa minha cara de criança - e eu tenho quinze anos, olha só.
A limpeza de pele não aconteceu. Bati no consultório da médica - que, na verdade, é a casa dela - e a mulher não atendeu. Depois ela me ligou lá no salão e pediu desculpas, disse que a amiga dela teve uma convulsão ou sei lá o que. Coitada, espero que ela esteja bem. ._.'
Alguém vai assistir HP6? Vou amanhã às 5:3O. Como eu disse à Gaby, minha mãe se recusa a me buscar no cinema às 2 da manhã, então não posso ir na pré-estréia hoje. Mas eu supero, eu supero.
13.7.09
Hm, oi.
Eu tenho plena consciência de que ninguém vai vir aqui ler isso ou comentar e, pra falar a verdade, eu não criei esse blog pros outros, mas pra mim. Porque às vezes a gente simplesmente precisa desabafar, colocar algo pra fora, e que maneira melhor de fazer isso se não na internet, praticamente "anônima"? Já que minha mãe não quer pagar o psicólogo, esse blog vai ser minha terapia. (:
Sofri muito por alguns minutos até achar um nome de blog que me agradasse. A primeira coisa que me veio à cabeça foi Ink Bottle, mas já existia. Depois, num surto extremamente criativo, pensei em The Ink Bottle e An Ink Bottle. Nope, algum ser sortudo chegou antes de mim e se apossou deles. Então, quis colocar Discussing the Universe, e esse - yeah! - não existia. Mas, segundos depois, comecei a achá-lo comprido e complicado demais. E eu tinha cismado com ink, aí tentei Orange Ink e Green Ink, e eles - surpresa! - já estavam tomados. Um tempinho depois, enquanto olhava pro nada, lembrei da expressão "pitch-black" em inglês, que quer dizer muito preto. Depois juntei com ink e virou o nome desse blog, Pitch Black Ink. :DD
Não quero escrever um post gigantesco logo na primeira vez que posto, então acho que vou parar... Daqui a pouquinho. Po, é viciante e divertido digitar, o que eu posso fazer.
Vou tentar lembrar do nome de um mangá que eu li, e que é muito fofo, onde uma menina supera vários momentos tristes e difíceis por causa de uma pessoa que comenta no seu blog. O nome da garota é Himawari, e um cara chamado Black Rabbit deixa vários comentários como "Não desista", "Acredite em você", e tal. É bastante clichê, mas muito inspirador. Quando lembrar, coloco o link aqui.
Tenho que fazer um bando de coisas amanhã. Bem cedo tenho - ui! - limpeza de pele. Já fiz uma vez quando tinha doze anos, e, devo dizer, eu senti como se estivessem espremendo minha alma pra fora. Dói demais. Mas conversei com minha dermatologista e ela disse que conhece uma mulher que faz uma limpeza que "não dói". Aham, sei. Sabe quando você pergunta pros médicos se vai doer e eles dizem, com aquele sorriso malvado, "Não, não vai doer nadinha"? Então. Eu espero que dessa vez realmente não doa. Porque eu acho que não vou aguentar mais uma sessão dolorida daquelas. Sério, da última vez meu rosto estava roxo quando eu saí de lá. ROXO. Bem, em compensação, depois fica muito melhor, todos aqueles pontinhos pretos irritantes vão completamente embora. Acho que esse é meu único consolo.
Enfim, voltando ao assunto, amanhã, depois da limpeza de pele, eu ainda tenho que ir no salão. Vou pintar e cortar o cabelo. Tipo, algumas semanas atrás eu fiz várias mechas cor-de-laranja, e até que ficou bem legal. Mas a tinta sai quando eu tomo banho, e agora as mechas estão quase brancas (porque eu tive que passar bleach antes de pintar, já que meu cabelo natural é castanho). Então amanhã vou pintar tudinho de castanho, pra voltar ao normal, e depois vou cortar. Meu cabelo tá bem comprido, chegando quase na cintura, e eu vou cortar um pouco abaixo do ombro. Sempre preferi cabelo curto. Ah, e vou cortar uma franja de lado também. *---*
E... acho que já chega. Escrevi muito mais do que pretendia para o "post de inauguração" desse blog. Vou indo, to com sono e tenho aque acordar cedo pra sessão tortura amanhã de manhã. Eu só espero não desistir disso aqui como eu já fiz com tantas coisas na vida - vide fics. :~
Beeijo !