Às vezes eu penso em inglês. Às vezes em português. Mais em português, fato. O que eu posso fazer, sou brasileira - embora não com orgulho -, afinal de contas. Gosto de me gabar pras minhas amigas que eu falo outra língua. É divertido, e elas ficam me pedindo pra as ensinar como se diz coisas do tipo "Você é legal" e "Você é maluco". A pronúncia delas é a pior possível, sempre enrolam e não pronunciam o é direito. Por causa do som aberto, acho. Ou algo assim.
Desculpa pelo começo confuso desse post. Eu simplesmente decidi escrever um pouco mais sobre mim, é isso. Muitas coisas aconteceram na minha vida em 2OO8, a maioria delas boas. Esse vai ser meio que um desabafo, então, preparem-se (e, se quiserem, pulem essa parte e leiam o final do post pra saberem como ficou meu novo corte de cabelo ;D). (Atualmente estou de férias no Brasil. Cheguei dia 2 de julho e vou embora dia 7 de agosto - já que minhas aulas só começam em setembro).
Em julho do ano passado eu me mudei. Não de cidade, não de estado, mas de país. Hoje em dia moro em Surrey, no estado de British Columbia, no Canadá, e acho que posso dizer que estou bastante feliz. Fiz duas ótimas amigas, Ariana e Sonia - que, apesar dos nomes meio-que-brasileiros, são canadenses legítimas -, estou completamente apaixonada pelo lugar, e moro bem do lado de uma livraria maravilhosa. O que mais eu podia querer? Afinal, moro em um país de primeiro mundo, estou totalmente adaptada ao modo de vida de lá e - YEAH! - no Canadá existe faculdade de Creative Writing, ou seja, Escrita Criativa, para ser escritor. Se continuasse no Brasil, eu acho que acabaria cursando Jornalismo e depois morrendo de fome. Lá eu posso seguir meu sonho e há a possibilidade de ser alguém na vida, ao contrário daqui.
Eu sei que pode parecer ótimo e tal, e, na verdade, chega bem perto disso, mas no início foi realmente difícil pra mim. Quero dizer, até setembro de 2OO8 - quando minhas aulas começaram -, tudo estava indo "às mil maravilhas". Quando eu tive que ir pra escola... Bem, eu queria morrer. De verdade. Pra começar, eu não tinha nenhum amigo. Almoçava com um grupo de meninas que eu não gostava e que "me acolheram". Não entendia metade das coisas que os professores diziam, devido ao inglês, e me sentia completamente-indiscutivelmente-depressivamente sozinha. Sério, eu queria chorar todas as noites com medo da escola no dia seguinte. Eu colocava uma música que eu adorava pra tocar todos os dias no carro a caminho do colégio pra me animar, e isso meio que funcionava. Mas durante quase um mês foi assim, essa sensação de nunca me encaixar, de nunca pertencer àquele mundo. Até que eu comecei a conversar com a Ariana. E acho que ela meio que me salvou, sabe? Passamos a almoçar juntas todos os dias e viramos melhores amigas. No final do ano passado, conheci a Sonia. E agora eu, ela e a Ariana somos praticamente inseparáveis, e eu acho que devo minha vida a elas. Eu não sei o que teria feito se tivesse continuado naquela situação. E o legal é que as duas dizem que eu também as ajudei muito. Todos os amigos das duas haviam se tornado, hm, "populares", e elas estavam sozinhas. Ariana almoçava com um grupo de meninas que são bem legais, mas que não ligavam muito pra ela, e Sonia passava o almoço inteiro na biblioteca. Acho que a gente têm uma ligação muito forte por causa disso. Eu as amo demais, elas são a razão de eu ir sorrindo pra escola todos os dias. (:
Desculpa pela negócio imenso aí de cima. É uma coisa bem pessoal e "desabafadora", então não se sintam obrigados a ler (se tiver alguém lendo isso aqui, né). Decidi que vou alternar posts em português e inglês, porque quero que minhas amigas canadenses possam ler o blog também. :DD
Aié, eu esqueci de falar do meu cabelo. O cabeleireiro se chama Samuel, e ele é bem legal. O problema é que ele se estressa fácil e tal. Mas, enfim, ao invés de pintar só as mechas cor-de-laranja, o Samuel pintou quase meu cabelo todo de castanho - e o meu cabelo já é castanho. O negócio é que agora tá bem escuro, quase preto. Eu gostei. *---* Cortei um pouco abaixo do ombro, como disse que iria, e fiz uma franja de lado. Tá comprida, batendo no meu queixo. Eu pedi pra ele cortar comprido por causa de um trauma do passado (e essa é uma história pra outra hora). Ficou bem legal, e minha acho que to até parecendo mais velha. É bom que disfarça essa minha cara de criança - e eu tenho quinze anos, olha só.
A limpeza de pele não aconteceu. Bati no consultório da médica - que, na verdade, é a casa dela - e a mulher não atendeu. Depois ela me ligou lá no salão e pediu desculpas, disse que a amiga dela teve uma convulsão ou sei lá o que. Coitada, espero que ela esteja bem. ._.'
Alguém vai assistir HP6? Vou amanhã às 5:3O. Como eu disse à Gaby, minha mãe se recusa a me buscar no cinema às 2 da manhã, então não posso ir na pré-estréia hoje. Mas eu supero, eu supero.
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Haha, também penso muitas vezes em inglês! Acho que como gosto de aprender a língua (e falo bem, sem querer me gabar), acaba sendo involuntário. Mas pra você é mais normal, já que convive com a língua durante muito tempo. (:
ResponderExcluirEu gostaria de estudar fora (e como!). Mas eu fiz uma festa de 15 anos daquelas bem grandes sabe? Então, optei por não viajar. Mas se tudo der certo, vou passar um mês ano que vem na Inglaterra. *-*
E eu adoraria estudar fora e tals, mas me contento por enquanto em estudar aqui (já que tem boas faculdades em SP). Ainda acredito que vou fazer uma pós-graduação em Moda (ou algo do tipo) na França ou em NY.
Haha, também tenho cara de criança, e eu tenho 16. :O
Bom, eu daqui a meia hora vou sair de casa pro shopping pra ver HP. :B
Provavelmente vou fazer um post sobre isso no meu blog. :}