31.8.09

Smile smile smile. :D

Antes de qualquer coisa, deixa eu avisar: achei a Catucha! :DDD E agora ela tá aqui do meu lado, dormindo em uma almofada.
No dia em que eu escrevi o último post, fui dormir toda triste. Fiquei deitada um tempão, escutando o som da chuva caindo e esperando ouvir algo como um latido de cachorro. Nada. Tudo tão quieto que eu acabei dormindo depois de algumas horas. No dia seguinte, eu e minha família imprimimos cartazes que diziam "Cachorro perdido!", com as informações sobre a Catucha. Saímos cidade afora, colando cartazes em postes, implorando para lugares como supermercados e restaurantes deixarem a gente colocar um cartaz na porta deles e tal. Mais ou menos na hora do almoço, o celular da minha mãe tocou. Era um homem chamado Ron, e ele disse que havia a achado! Voltamos pro hotel e ficamos esperando por ele. Depois de uns vinte minutos, ele chegou com ela no colo. Tadinha, tava tremendo, enrolada em um cobertor e com o pelo todo sujo de folhas e lama. Ron disse que a Catucha tinha aparecido na frente do hotel onde ele trabalha como segurança - e aquele hotel ficava a mais de um quilômetro de distância de onde eu estava hospedada. Meu pai ofereceu dar uma recompensa pra ele, mas ele não queria aceitar de jeito nenhum. (Eu realmente fico chocada em como os canadenses são atenciosos e simpáticos. É sério, eles são muito legais. Muito mais que os americanos, de qualquer forma.)
Desculpa não postar antes e deixar vocês preocupados. Desculpa mesmo. E obrigada a Gabs, a Julia, a Sara, a Iris e a Mana Chel por se importarem. *---*

Vocês todas são tão legais. Muito obrigada por tudo. (:

14.8.09

Catucha.

Minha cachorrinha fugiu hoje.
Eu não sei o que faço da minha vida. A Catucha era - é - tudo pra mim. Meu bebê, minha fofinha, minha vida.

É incrível como tanto muda em tão pouco tempo. Mais cedo saí pra jantar, e, quando voltei pro hotel - estou em Kelowna e trouxe ela comigo -, ela havia fugido. Simples assim. Alguém abriu a porta e ela foi embora. O cara do hotel disse que tentou pegar ela, mas Catucha é brava com quem não conhece e latiu pra ele, saindo correndo em seguida.

Me desesperei. Saí de chinelo e sem casaco na chuva atrás dela, gritando seu nome. Chorava enquanto gritava, soluçando, e eu não tenho vergonha nenhuma de admitir isso.

Catucha veio pra minha casa em 1999, quando eu tinha cinco anos e ela, apenas três meses. Hoje, ela tem nove anos (vai fazer 1O em dezembro), e é parte da família. Ela é uma yorkshire, com o pelo mais cinza que preto devido a velhice. Eu a amo tanto, mas TANTO! Não consigo parar de chorar.


Eu quero morrer.

11.8.09

Hello, home.

Então.
Hoje cheguei no Canadá, depois de mais de vinte horas de voo. Agora to sentada na minha cama, com o laptop no colo e ouvindo música enquanto leio mangá na internet. Estou feliz de estar finalmente em casa, acho. (: Vou pra Kelowna amanhã de manhã. É uma cidadezinha cheia de lagos aqui perto, parece muito bonita (pelo que as fotos do Google mostraram, né).

Meus livros - os que eu comprei na Amazon - chegaram hoje. Não lembro se falei sobre eles aqui, mas encomendei há uma semana atrás, quando ainda estava no Brasil. Silver Phoenix, The Forest of Hands and Teeth, Shiver e Lament. Parecem bons. Comecei a ler The Forest of Hands ans Teeth hoje mesmo. É sobre uma menina chamada Mary, que vive em um vila cercada por arames. Ninguém pode sair da vila, porque fora da tal cerca vivem pessoas infectadas (meio que uns zumbis). To gostando, *-*

Gabs, você me disse no comentário que baixou a trilogia de A Great and Terrible Beauty e Graceling. Ownn, fiquei tão feliz que você tenha confiado no meu bom (?) gosto. Espero que você goste. E, só pra avisar, o início de Graceling é chato mesmo. Depois melhora muito-muito. (:

Enfim, é isso. Não vou fazer post grande hoje não, to cansada. :\
E eu não sei se notaram, mas eu mudei o layout do blog. Ainda não tá óóóótimo, mas a minha Mana Chel (TEAMO!) vai fazer um lay bonitão pra mim. \o/

Beijo, gente. E boas férias prolongadas pra vocês, seus sortudos.







Esses são a Karen e o Thiago, alguns dos meus melhores amigos brasileiros. Esse - cof cof - lindo penteado foi resultado de uma tarde/noite de adedanha, pizza e conversas estranhas. Eu só queria botar a foto aqui porque representa o meu ideal de um dia perfeito: ao lado de amigos e me divertindo. Eu amo você, Tats, e você, Thi. (L)



E essa sou eu e o Thiago. Ignorem minha cara de monga, por favor. :DD

6.8.09

About a book.

The gold thread shimmers in the fading light. It promises Charlotte Miller a way out of debt, a chance to save her family's beloved woolen mill. It promises a future for her sister, a livelihood for her townsfolk, security against her sinuous and grasping uncle. It might even promise what she didn't know she needed: lasting hope and true love.
But at what cost? To get the thread, Charlotte must strike a bargain with its maker, the mysterious Jack Spinner. But the gleam of gold conjures a shadowy past - secrets and bonds ensnaring generations of Millers. And Charlotte's mill, her family, her friends, her love... What do those matter to a powerful stranger who can spin straw into gold?


É isso que está escrito na orelha do livro A Curse Dark as Gold. Terminei de ler ontem a noite, e me apaixonei completamente pelos personagens. A determinada Charlotte Miller, sua fofa irmã Rosie, o tio caloteiro Ellison Wheeler, o leal George Harte e o lindo Randall Woodstone ganharam meu coração. Mesmo. E eu sei que esse livro continuará para sempre na lista dos meus preferidos, ocupando um dos lugares mais altos. Porque ele é bom, e a autora Elizabeth C. Bunce sabe escrever como ninguém. Ela mantém o leitor grudado nas páginas de seu livro, imerso na trajetória de Charlotte enquanto ela tenta salvar tudo que ama.

A estória é baseada no conto "Rumpelstiltskin" dos Irmãos Grimm, e se passa no início do século XVIII, quando a Revolução Industrial começou. Charlotte Miller herdou o mill (realmente não sei traduzir esse, desculpem, e o Google não quer me ajudar. No livro, o mill é descrito como um lugar onde algodão e outros fios são transformados em tecidos) da família depois que seu pai morreu. Com apenas dezessete anos, ela tem que cuidar de um negócio, de sua irmã menor Rosie, e de si mesma. Não vou contar muito, senão perde a graça, mas Rumpelstiltskin é retratado como um homem chamado Jack Spinner, que salva Charlotte várias vezes ao longo da estória. Na primeira, ele pede em troca um anel. Na segunda, um broche dado a ela por seu marido Randall. E então, na terceira vez, ele pede algo muito precioso: William, o filho de Charlotte. Assim como na fábula. (:

Eu gostaria que a autora tivesse colocado uma ilustração de um mill no livro, porque assim eu entenderia melhor. Eram tantos termos técnicos que às vezes eu me perdia. E, confesso, algumas partes do livro foram um pouco entediantes, e a relutância de Charlotte em contar ao marido o que se passava e sua falta de afeição em relação a ele me deixavam irritada... Mas o final compensou tudo. Foi bom, gente. Realmente bom.



{Esse livros são, respectivamente: Princess of the Midnight Ball (Jessica Day George), A Curse Dark as Gold (Elizabeth C. Bunce), Graceling (Kristin Cashore) e A Great and Terrible Beauty (Libba Bray).}


Eu já falei de Graceling e AGTB em um post anterior, e falei de A Curse Dark as Gold nesse. Comecei a ler Princess of the Midnight Ball (baseado no conto "As Doze Princesas Bailarinas") hoje, então nem posso falar muito dele, mas li um da mesma autora chamado Sun and Moon, Ice and Snow (baseado em um conto nórdico, "East o' the Sun, West o' the Moon"), e gostei demais. (AAAH, e eu mandei um e-mail pra autora, a Jessica, e ela RESPONDEU! Me senti tãao importante *-----*)

Eu falo mais de livros depois. Acho que já to enchendo, hmm. Eu sei, eu sei, só falo sobre isso. Desculpa.

2.8.09

Sobre Twilight.

Não me considero uma Hater, mas com certeza não sou uma Lover. Desculpe dizer, mas Twilight me dá nos nervos.

Admito que comprei os quatro livros - em inglês - de uma vez só, no ano passado. Li Twilight em dois dias, e gostei. Não muito, não aquilo de dizer "Oh, meu Deus, é meu livro preferido de todos os tempos!". Mas, bem, é um livro decente, afinal de contas. (Bella sempre me irritou, mas achei que passaria a gostar um pouco mais dela nos próximos livros). Então, comecei a ler New Moon. Foram alguns dias da minha vida que eu desperdicei, os dedicando a algo inútil e sem sentido. Parei no meio do livro, antes mesmo do Edward voltar. Ridículo, ridículo - não há outra palavra pra definir os meus sentimentos, sinto dizer.

Atualmente, Eclipse e Breaking Dawn estão jogados em um canto da minha estante, acumulando poeira e ocupando o espaço que poderia ter sido cedido a algum livro bem melhor que eles.

Para começar, Bella é uma personagem fraca e submissa. Não gosto de suas narrações, nem de nada nela. Isabella Swan é... Bem, ela simplesmente é Isabella Swan, e isso basta. Já Edward Cullen é perfeito. Mas não um bom tipo de perfeito, mas aquele que faz você trincar os dentes para controlar a vontade de tacar o livro contra a parede. Sério, aonde é que vampiros brilham no sol? Hmm? E aquela história de vampiro vegetariano foi simplesmente a coisa mais retardada que eu li em 2OO8.

Basicamente, a estória da série pode ser resumida no seguinte: uma menina que se apaixona por um garoto lindo e frio, que descobre que ele e sua família são vampiros e agora os dois não podem ficar juntos por causa disso. O menino a larga, com a desculpa de que poderia machucá-la e colocá-la em perigo e blá blá blá, mas, sendo a garota forte e determinada que é, ela não desiste da relação e fica com ele apesar de tudo. No final, depois de vários conflitos, o "lindo amor" dos protagonistas vence e eles vivem felizes para sempre.

Um romance clichê e irritante, com personagens rasos e sem profundidade, que só vendeu tantos livros assim porque muitas meninas sonham com um príncipe encantado e resolveram colocar Edward Cullen em um pedestal e idolatrá-lo como se ele fosse o próprio Merlin. Fora que, com o sucesso de Twilight, muita gente resolveu escrever sobre vampiros, e isso me deixa louca. Eu vou na livraria e vejo vampiro isso, vampiro aquilo, vampiro pra todo lado. Quero só ver quando essa febre acabar, hmm.

Ah, sim. O filme merece ser comentado aqui também. Kristen Stewart e a mulher mais feia-irritante-que-não-sabe-atuar na face da Terra. Eu mal consigo olhar pra cara dela sem morrer de ódio, e eu nem o por que. Coitada, ela não fez nada pra mim, né. Mas, enfim, Robert Pattinson deveria ter continuado a ser reconhecido como o Cedrico Diggory, porque como Edward ele deixa a desejar. E, pelamordedeus, minha gente, aonde aquele homem é bonito? AONDE?

Resumindo: livro ruim, filme péssimo. E é isso.

Não me matem, sei que muita gente gosta do que a Stephenie Meyer escreve e tal, e respeito isso. Agora, respeitem a minha opinião também, por favor. (:

1.8.09

On Writing.

Já deixei bem claro para todos que conheço que pretendo seguir a carreira de escritora. Escrevo fanfics por diversão, mas um dia quero levar a sério e escrever um livro. Várias idéias pipocam diariamente na minha cabeça, mas eu já me decidi por uma delas. Depois de começar (e falhar) a escrever dois livros, finalmente achei um manuscrito legal e fácil de escrever, já que será uma adaptação de um conto dos Irmãos Grimm. Espero começar a trabalhar nele assim que as férias acabarem.

O primeiro livro que comecei a escrever era sobre uma menina chamada Elwyn. Ela era órfã e morava em um orfanato comandado por uma mulher, Madame Greenley. Elwyn descobriria que seu pai verdadeiro é, na verdade, um rei de um mundo mágico. Muitas coisas aconteceriam, ela se apaixonaria por um príncipe insistente e fofo e mataria o vilão malvado. Escrevi mais ou menos vinte páginas, e parei. Porque perdeu a graça, porque a idéia não era tão boa assim, mas, principalmente, porque meu laptop deu pau e apagou todos os arquivos que eu tinha, inclusive essas meras vinte páginas.

O segundo livro nem merece ser citado aqui, já que não tinha nem uma página e se tornou um dos maiores fracassos da minha, hm, "carreira literária", então ele vai continuar enterrado no fundo da memória do meu computador.

Sempre gostei mais de escrever sobre vilões, mortes, tristeza e - admito - estupros. Por essas e outras razões, nessa estória da Elwyn, o vilão era meu personagem preferido, sendo cego e maluco por sangue e poder (Não, ele não era um vampiro, apenas incompreendido e completamente louco). Acho que consigo escrever melhor sobre assuntos como velórios, enterros e outros eventos mórbidos. Não sei explicar o por que, mas as palavras fluem facilmente quando coloco as mãos no teclado e escrevo sobre coisas tristes. Talvez eu devesse escrever um livro sobre um fantasma, há.

O processo de escrever não é fácil, mas também não é um dos mais difíceis no processo de publicação. Depois de concluir o manuscrito, eu terei que arrumar um agente. E para arrumar um desses, eu preciso escrever uma Query Letter. Essa carta é composta de três partes. A primeira: um pequeno parágrafo apresentando seu livro. A segunda: um mini-resumo da estória. Aí é que está o problema: como resumir mais de duzentas páginas em um parágrafo? E a terceira: um pouco sobre o autor (se já foi publicado, se já ganhou algum prêmio e etc.). É um trabalho duro, e com certeza eu vou receber milhares de rejeições até alguma alma boa me aceitar, mas até a JK foi rejeitada, e nem por isso ela parou de tentar. Depois de conseguir um agente, ele é quem vai tentar vender o manuscrito para as editoras. E então, finalmente, quando uma delas resolver comprá-lo, o livro vai ser publicado.

Conclusão: demora, demora, demora muito para chegar lá. E o processo exige suor, trabalho, bastante tempo em frente ao computador e reclusão social. Mas, se um dia eu conseguir segurar MEU livro nos meus braços, com o nome Julia Browne ali, bem debaixo do título, eu vou saber que tudo o que eu tiver feito vai ter valido a pena, e eu acho que vou começar a chorar e depois vou até um Starbucks comprar um Double Chocolaty Chip Frapuccino, tamanho Venti, e vou tomar ele todo sozinho.

Não sei dizer por que gosto tanto assim de escrever. Acho que nunca parei para pensar muito nisso. Talvez minhas estórias funcionem como uma válvula se escape do mundo real e todos os seus problemas. Talvez representem aquele meu desejo antigo de algum dia achar uma porta que me leve para um mundo mágico, fantástico e cheio de criaturas maravilhosas, como dragões, duendes, fadas e magos. Como sei que isso nunca vai acontecer, eu escrevo para mergulhar nas palavras e no efeito que elas têm sobre mim. Para pelo menos por alguns segundo poder fingir e mentir para mim mesma, dizendo que tudo aquilo é real e que a magia realmente existe. Bem, talvez ela exista mesmo, mas não na forma de uma varinha de condão. Provavelmente nos sentimentos, como amor, felicidade e esperança. Mas isso fica pra outra hora (e post).

Onde eu moro, existe uma faculdade chamada Creative Writing (Escrita Criativa). Ela basicamente te ensina e escrever. E é isso que eu pretendo fazer quando terminar a high school. Me considero bastante sortuda, já que se continuasse no Brasil, cursaria Jornalismo ou coisa do tipo e morreria de fome. Pelo menos no Canadá eu tenho chances reais de seguir o meu sonho e escrever full-time.

Meus pais me apoiam muito. Minha mãe sempre lê o que eu escrevo, e meu pai adora dizer pros amigos "Minha filha vai ser escritora, ela escreve tão bem!", naquele tom paterno orgulhoso. Não sei se concordo com ele no fato de escrever bem, mas posso ter certeza de que quanto mais escrevo mais melhoro. De vez em quando, abro um arquivo antigo com minha primeira fic, e começo a rir diante dos meus erros de português e dos diálogos idiotas. Então comparo aquela estória com a minha atual e fico extremamente feliz ao perceber como eu melhorei. Posso não estar ótima, mas com o tempo e a prática tudo melhora.

Decidi fazer alguns investimentos. Vou comprar um teclado e um mouse ergonômico. Meus pulsos doem por passar tanto tempo apoiados no teclado do laptop, e eu sei que isso pode trazer problemas, já que daqui pra frente eu só vou escrever mais e mais. No momento, eu tenho um Sony Vaio, mas vou comprar um Mac quando passar pra faculdade. Acho que essas são as poucas coisas que eu posso me dar ao luxo de comprar, já que serão bem úteis no futuro.

Desculpe pelo post gigantesco, mas eu sinto que consegui expressar tudo que eu queria aqui. Espero que quando eu volte e leia isso novamente, essas palavras me motivem a seguir em frente e dar o melhor de mim nessa carreira que eu decidi seguir. (:

Cada um tem um sonho, e esse é o meu. Qual é o seu? Eu adoraria saber - embora ache que ninguém vá responder.


Obrigada por me ouvir, esteja você lendo isso aqui ou não.